segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cobogó

Idealizados na década de 20 em Recife pelos engenheiros Coimbra, Boeckmann e es (daí o nome Cobogó), fizeram uma releitura dos Muxarabis, elementos muito presentes na arquitetura árabe. Os Muxarabis são treliças de madeira instaladas nas sacadas das residências, formando desenhos geométricos, permitindo a passagem de luz e ventilação, porém mantendo a privacidade e não permitindo a visualização das mulheres e do interior das casas.

foto: Anual Design

Já os Cobogós tinham a função de amenizar a incidência do sol, mantendo a circulação do ar nas residências nordestinas. Primeiramente moldados em cimento, se tornaram muito populares nas décadas de 50 e 60 sendo amplamente adotados em projetos de Niemeyer e Lucio Costa, e logo ganharam espaço também no interior das residências, servindo também como divisórias de ambientes, criando efeitos incríveis de luz e sombra.


Por serem elementos que unem forma e função, os cobogós voltaram recentemente com toda a força na arquitetura e decoração, ganhando novos formatos e materiais como vidro, cerâmica e até mármore.

Catedral Anglicana do Bom Samaritano (Recife)

fonte: Decorista

fachada loja Farm 

hotel Qing Shui Wan na China

fachada loja Hi-Lo (BH)

por Domo Arquitetos para Casa Cor Brasília 2008

Casa Cobogó - Studio MK27

Podemos notar sua influência também no design e na moda, como por exemplo na Mesa Cobogó, criada pelos Irmãos Campana, e elementos da coleção 2014 de Alexandre Birman.






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